O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) lamenta informar a toda a população de Belo Horizonte, que duas empresas do Sistema de Transporte Coletivo da cidade entraram em colapso na tarde desta quarta-feira (12/01), por falta de óleo diesel em seus estoques e de viabilidade financeira para seguir adquirindo combustível.
A Viação Transoeste informou nesta tarde, que suspende suas atividades por tempo indeterminado, a partir da manhã de quinta-feira (13/01). A Viação Transoeste possui 88 veículos no sistema da BHTrans.
Outra empresa do sistema, de menor porte, com 18 veículos, e pertencente ao Consórcio Dom Pedo II – anunciou que seus estoques de óleo diesel conseguem operar até o próximo domingo (16/01) e que sem uma alternativa irão suspender suas atividades a partir da próxima semana.
O SetraBH lamenta a crise e destaca que os maiores prejudicados serão os usuários que deixarão de ser atendidos pelas duas empresas. A entidade e os Consórcios Dez e Dom Pedro II estão em contato com a prefeitura para viabilizar uma solução emergencial para a crise.
Cabe destacar que além dos insumos, como o óleo diesel, que vem sofrendo aumentos constantes, todo o sistema está com extrema dificuldade de manter em dia os salários de seus funcionários, tamanho é o desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos e os efeitos deletérios da “Pandemia” no transporte público urbano em todo o país, com a redução gigantesca do número de passageiros.
Como manifestado diversas vezes pelo SetraBH em outras ocasiões, a conta não fecha. Se algo não for feito para socorrer o sistema, outras empresas deverão anunciar em breve a suspensão de suas operações, com perdas incalculáveis para toda a sociedade e colocando em risco os Consórcios, assim como ocorreu recentemente na cidade do Rio de Janeiro, onde três dos quatro consórcios operacionais entraram em “Recuperação Judicial”.
O SetraBH e os Consórcios Dez, Pampulha, Dom Pedro II e BH Leste estão empregando os melhores esforços para uma solução urgente, mesmo tendo um contrato há muito desequilibrado econômica e financeiramente, na manutenção do serviço essencial à população.